segunda-feira, 13 de outubro de 2008

A palavra e o "estatuto"

Porque será que nas conversas dos temas vulgares do dia a dia, as pessoas nunca duvidam duma palavra dos doutores, mestres e demais intelectuais?
Será que uma vez alcançado um "estatuto", aquele que era o comum dos mortais passa a ser um iluminado?

E quanto vale uma opinião de alguém com "estatuto"?... Duas vénias e um muito obrigado por ter partilhado a sua ilustre, mas dúbia, sabedoria..?

Pois... conhecimento é sabedoria, mas mais facilmente incide no erro o iluminado que o comum dos mortais. E isto acontece pela complexidade que atribuem a todos os temas.
Na procura da defesa das suas opiniões, teimam e voltam a teimar e na qualidade de "iluminados" ,raramente dão a mão à palmatória.


Estamos permanentemente a aprender... e já dizia alguém, que nem tudo se aprende na escola ou na universidade....

Aprendemos todos os dias com o manual e o compêndio, com o que ouvimos e com o que experimentamos e até com o que não chegamos a experimentar e observamos.

Pois digam-me lá quem é que pode ser dono da razão e do totalitarismo da sabedoria...aquele que nunca se engana e raramente tem dúvidas...?

Quando vivemos atentos ao que nos rodeia, temos opiniões e expressamos conhecimento. Acreditamos em algo que lemos, vimos ou ouvimos e a dificuldade só vem depois, a interpretação dos factos, o filtrar da informação...separar a verdade do que possa ser o princípio da mentira que se propaga e atinge a verdade.

Eu, efectivamente, não acredito em iluminados, e não indexo o valor das opiniões aos "estatutos".
Valorizo de igual modo, todas as opiniões e conhecimento. Analiso, processo e sacio a minha fome de aprender sempre mais.

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